domingo, 19 de dezembro de 2010

Sessão autoconhecimento: insegurança

Muita gente me fala que sou insegura, que eu não me conheço, que não sei meu potencial... Acho mesmo que sou insegura, mas não sei exatamente de onde vem isso, quer dizer, talvez eu tenha alguma noção, algo relacionando à infância... Enfim... Falam que a insegurança é o ponto inicial do ciúmes e acho que é mais ou menos por aí mesmo. Creio que a insegurança passa primeiro pela não aceitação de quem somos e pela imagem negativa que temos de nós mesmos. Todas as afirmativas, palavras e gestos que nos formam nos fizeram não gostar de quem somos, e uma vez que não gostamos de nós mesmos fica muito difícil acreditar que alguém mais poderá gostar de verdade. Enfim, parece um papo meio raso e chato, mas o talvez processo de auto-conhecimento seja fundamental para superarmos certas dificuldades internas. Por falar nesse tema, comparto aqui o texto da taróloga  Elisabeth Cavalcante que encontrei no site Somos Todos Um. Penso que é um texto inicial e que daí podemos pensar e buscar formas de nos aprofundar nesse entendimento.

Insegurança
:: Elisabeth Cavalcante ::

Uma das condições que mais acentuam a nossa insegurança é o estado de paixão, pois quanto maior ele for, mais intensamente passamos a temer a perda do objeto amado.

O amor, -por mais desejado que seja em nossa vida-, é algo que nos torna frágeis, principalmente se não tivermos uma auto-estima sólida. Somente quando o sentimento de sermos completos está presente, num estágio anterior ao da paixão, é que conseguimos nos entregar a este sentimento e permanecer imunes ao medo.

Então, podemos ver no outro alguém que vem para nos complementar, para tornar a vida mais alegre e plena, e não um apoio sem o qual nos sentimos vazios e incapazes de sobreviver.

A entrega destemida ao sentimento do amor, só se torna possível se formos totalmente fiéis à nossa própria essência, aceitando apenas relacionamentos em que nossas necessidades sejam respeitadas.

A insegurança é o resultado de uma vida em que nossas qualidades não foram suficientemente reconhecidas, ou, ao contrário, foram ignoradas ou pouco estimuladas.

Agora, cabe a nós, reconstruir este sentimento através de um trabalho paciente de autoconhecimento e do enfrentamento de nossos temores. Se conseguirmos nos manter atentos aos pensamentos negativos que cultivamos acerca de nossa própria identidade, vamos aos poucos alcançando um sentimento de confiança que se tornará cada dia mais sólido.

"A fragilidade do amor
...O amor é muito frágil, muito delicado. Você precisa ser muito cuidadoso e cauteloso com ele. Você pode causar um tal dano, que o outro se fecha, fica defensivo. Se você estiver brigando muito, seu parceiro começará a escapar; vai se tornar cada vez mais frio e fechado, de modo a não ficar mais vulnerável a seu ataque. Então, você o atacará ainda mais, porque você resistirá a essa frieza. Isso pode se tornar um círculo vicioso,e é assim que pessoas enamoradas pouco a pouco se separam. Elas se afastam uma da outra e acham que a outra foi a responsável, que a outra a traiu.

Na verdade, como percebo, nenhuma pessoa enamorada jamais traiu alguém. É somente a ignorância que mata o amor. Ambas queriam ficar juntas, mas ambas eram ignorantes. A ignorância delas fez com que entrassem em jogos psicológicos, e esses jogos se multiplicaram. Pouco a pouco elas vão se afastando. Então elas acham que o amor é perigoso.

O amor não é perigoso. Apenas a inconsciência é perigosa.
Há muitas pessoas que evitam o amor simplesmente para estar em chão seguro. Há pessoas que não querem se comprometer em nenhum relacionamento porque elas sabem que uma vez que você esteja comprometido e mais próximo, começam as brigas, começam as resistências e as coisas feias começam a borbulhar - então, pra quê?

No máximo elas ficam interessadas em relacionamentos sexuais, mas não em intimidade. E a menos que um relacionamento se torne íntimo e profundo, você nunca saberá o que é um relacionamento. Um relacionamento simplesmente sexual é uma coisa periférica e isso nunca o satisfará".
Osho, Beloved of my Heart.


Elisabeth Cavalcantehttp://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=10443